terça-feira, 8 de agosto de 2017

JOSÉ LEITE - PATRONO



JOSÉ LEITE nasceu em Apodi-RN, aos 02 de Maio de 1916. Primogênito dos cinco filhos do Sr. Lino Leite e Dona Francisca das Chagas Lima Leite. Viveu a sua infância ao lado dos seus irmãos, trabalhando no cultivo da terra. As primeiras letras foram recebidas no Grupo Escolar "Ferreira Pinto", aonde veio a concluir o antigo curso primário. Desde os primeiros anos demonstrava os pendores para o estudo, fazendo com que seus pais o direcionassem nesse sentido, diferente dos outros irmãos, mais dedicados aos trabalhos do campo.
        Casou-se em 18 de abril de 1948, com Dona Maria de Lourdes Lopes, da tradicional família PINTO, filha do dinâmico farmacêutico Antonio Lopes Filho (Este, por sua vez era filho do Tabelião Público Antonio Lopes Corrêia Pinto) e de Dona Armandina de Góis Lopes, de cuja união nasceu dez filhos. 

       Tendo, apenas concluído o curso primário, foi aprovado no concurso de Agente de Estatística do IBGE para exercer a função na Agência de Apodi, onde foi Chefe até Maio de 1945, quando foi transferido, por questões políticas para a cidade de Caicó-RN, e em Agosto de 1949 para Mossoró, onde continuou a exercer a mesma função.
        Em Mossoró, deliberou em retornar aos estudos, tornando-se Contador pela famosa "Escola Técnica de Comércio União Caixeiral". Passou no vestibular para o Curso de Direito na Faculdade de Souza-PB, distante 200 quilômetros de Mossoró, tendo recebido seu Diploma de Bacharel em Direito aos 63 anos de idade. Sua permanência em Mossoró possibilitou
 o seu completo envolvimento com os setores culturais da cidade, vindo a ser Sócio-Fundador do Instituto Histórico e Cultural do Oeste Potiguar - ICOP. Sobre esse período de vida, assim se pronunciou: "Tive a felicidade de conhecer Vingt-Un Rosado, do qual passei a receber o incentivo e a orientação que me conscientizaram na certeza de que as minhas ideias caminhavam no rumo certo".
        No mês de Maio de 1973 aposenta-se do cargo do IBGE. Em 1980 transfere-se para Brasília. Na Capital Federal, é instigado pela saudade da terra que lhe foi berço de nascimento e vivência da primeira quadra de vida, dando-lhe ênfase e origem para vasta produção literária, período em que seus trabalhos sobre o Apodi são compilados, sendo publicados a partir de 1990, com a edição em separata de "FLAGRANTES DAS VÁRZEAS DE APODI", e mais 08 volumes com o mesmo título, reunindo crônicas e poesias, publicados pela "Coleção Mossoroense", a partir de 1991. Antes, publicara os seguintes títulos: MONOGRAFIAS DE APODI E CAICÓ; RESUMO HISTÓRICO DOS TERMOS DE PRISÃO, HÁBITO E TONSURA DOS ÍNDIOS PAIACUS DO APODI; NOTÍCIAS SOBRE O GESSO DE MOSSORÓ, e PESQUISA SOBRE O PADRÃO DE VIDA EM MOSSORÓ, também editados pela "Coleção Mossoroense".
      Foi Sócio-Correspondente da Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni, tendo participado de diversos concurso  de poesias e granjeado o prêmio "Destaque" no Concurso de Poesias do Parque Nacional de Itatiaia com o poema
      "Imponência e fim da natureza", tendo participado também de concursos de Trovas, realizado em Timóteo-MG. Teve o seu nome inscrito no celebrado livro "POETAS BRASILEIROS DE HOJE", lançado pela Editora Shogun e Arte, no Rio de Janeiro, em 1989. Foram mais de 40 anos de dedicação à pesquisa histórica a partir do ano de 1938.
       E assim se definiu: "Permito-me dizer o que sinto. Eu sou de coração, tudo o que antes foi mencionado. Sou também capim-panasco ,capim-cajarana, ervanço, aguapé, maracujá, caju, quixaba, umari, tamarindo, carrapicho, urtiga, unha-de-gato, maniçoba, manacá, rainha do prado, imbiratana, oiticica, juazeiro e pau-mocó. Tenho orgulho de ser apodiense, papa jerimum do Rio Grande do Norte, ganhador de três apelidos: Dedé de Lino, Zé Barroquinha e Chanin do Corgo (corruptela de córrego). Seus poemas retratam a solidão do Apodiense na capital do país exaltam a saudade da terra querida.
         O pesquisador MARCOS PINTO traçou o perfil literário do renomado historiador apodiense nos seguintes termos: " O idílico amor que José Leite devotava ao seu torrão natal foi nota constante nas suas manifestações como homem de letras. Os 09 volumes intitulados "
FLAGRANTES DAS VÁRZEAS DE APODI" são obras em que bem se percebem e se distinguem características de pioneirismo, num gênero literário em que se combinam sociologia e literatura, e que representam um hino de amor à sua querida cidade Apodi. a leitura de toda a sua obra revela que a cultura e a vida Apodiense foram perenes, como objeto de suas preocupações contínuas, e fonte de perene inspiração. Nos diversos gêneros em que foi Mestre, o seu amor às coisas do Apodi sempre as fez aparecer em primeiro plano, como se observa em muitas de suas obras. "FLAGRANTES DAS VÁRZEAS DE APODI" são livros de história e de memórias, em que os fatos e as paisagens são pintados com a precisão e a vivacidade de quem os viveu e as amou na quadra alvissareira da juventude. “Como Historiógrafo - principal faceta de seu talento de escritor - JOSÉ LEITE ou Dedé de Lino Leite é, incontestavelmente, um dos primeiros nomes na vasta bibliografia da literatura apodiense”. Faleceu em BRASÍLIA no dia 2 de abril de 1997, devido a um grave acidente Registrado em 26 de março de 1997.

TRABALHOS PUBLICADOS

Monografia dos municípios de Apodi/RN e Caicó/RN; resumo histórico dos termos de Prisão, Hábito e Tensura dos índios Paiascus, do Apodi/RN; e notícia sobre o gesso de Mossoró, constante de ata da Câmara Municipal de Apodi/RN, de 1853; além de notícia sobre uma pesquisa a respeito do Padrão de Vida em Mossoró, todos no Boletim Bibliográfico da Biblioteca Pública Municipal de Mossoró e  Flagrantes das Várzeas do Apodi

Patrono da Cadeira 29 da Academia Apodiense de Letras,, que tem como acadêmico o Dr. Raimundo Vieira de Souza

BIOGRAFIA ENVIADA POR MARCOS PINTO

Quem sou eu

Minha foto
SOU MOSSOROENSE DE NASCIMENTO E APODIENSE DE CORAÇÃO